Hospital Presidente alerta que aumentou o número dos que só buscam o Pronto Atendimento quando já é quase tarde demais.
O medo de pegar o novo coronavírus tem feito os pacientes de doenças crônicas adiarem ao máximo as consultas de acompanhamento médico. Até quando os sintomas começam a se agravar as pessoas evitam ir ao ambulatório ou Pronto Atendimento. Essa não é uma boa ideia – e pode trazer consequências indesejadas.
Os pacientes de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, doenças renais, cardíacas e respiratórias, que adiam a consulta de rotina ou a busca de atendimento médico podem ter problemas. A demora em ir ao especialista pode agravar uma doença crônica, exigindo um tempo maior de internação em caso de crise. Pior: fica mais difícil evitar a ocorrência de doenças associadas, como AVC ou infarto, por exemplo.
Medidas de segurança
O Hospital Presidente adotou novos protocolos e medidas de segurança para minimizar os riscos de contaminação durante a pandemia.
Quando chega um paciente com sintomas respiratórios ao Pronto Atendimento, ele é imediatamente levado para uma área reservada. Ali é atendido por uma equipe de médicos e enfermagem exclusiva. Isso significa que esses profissionais são especializados no atendimento a pacientes de covid-19 e não têm contato com outras pessoas que buscam o Pronto Atendimento do Hospital Presidente.
A medida não evita somente a contaminação de outros pacientes, também é eficiente para acelerar o atendimento de quem chega com sintomas respiratórios e, assim, apressar a sua recuperação.
Além disso, o Hospital Presidente adotou um processo de desinfecção de ambientes por luz ultravioleta. Essa tecnologia inovadora é utilizada para desinfetar EPIs e tudo o que está ao alcance das mãos: maçanetas, interruptores de energia, corrimãos e barras de apoio e até controles remotos de ar-condicionado e TV nos quartos de internação.
O que pode acontecer
Médicos do Hospital Presidente alertam que, muitas vezes, o paciente em quarentena doméstica começa a se sentir mal e permanece em casa, por vários dias, sem buscar ajuda especializada. Aposta no descanso e no passar no tempo para que o organismo se recupere. Esse é um risco muito alto.
A gravidade da demora em receber atendimento médico é fácil de entender. Tomemos como exemplo uma infecção de urina. Sem a medicação adequada, a doença pode evoluir para uma pielonefrite e até provocar a falência renal.
No caso de diabetes e hipertensão, doenças silenciosas e assintomáticas, não dá para adiar o controle por meio de consultas regulares com os especialistas e exames de monitoramento. Sem esses cuidados, essas doenças podem evoluir e causar infarto ou AVC.
Tão grave quanto negligenciar as consultas e exames é a automedicação. Os remédios podem mascarar a gravidade dos sintomas e o paciente acredita que pode adiar ainda mais o atendimento médico, por achar que está tudo bem. Todos os organismos de saúde, como o Ministério da Saúde e a OMS, são unânimes em alertar para o perigo da automedicação.
Aliados para vencer o medo
Quer evitar problemas de saúde? A receita é simples e conhecida: começa com a alimentação equilibrada, com o consumo de frutas, verduras e legumes. É bom evitar embutidos, alimentos gordurosos e industrializados como bolachas recheadas, refeições congeladas, etc.
O sedentarismo é outro inimigo da boa saúde. Procure fazer exercícios todos os dias ou pelo menos três vezes por semana. Se não souber por onde começar, os cardiologistas dão uma dica: aposte na caminhada. É um exercício simples, que não requer muita supervisão e tem efeitos muito positivos para a saúde.
Levar uma vida saudável também inclui parar de fumar e reduzir o consumo de álcool.
O mais importante: siga as orientações do seu médico. Ele é o profissional mais indicado para ajudar a evitar tanto os riscos de contaminação por coronavírus como de complicações da sua saúde.
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