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Também conhecida como cirurgia da obesidade ou, popularmente, redução do estômago, a cirurgia bariátrica e metabólica reúne técnicas científicas destinadas ao tratamento da obesidade mórbida e ou obesidade grave e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ele.
Tipos de cirurgia
Os procedimentos são divididos e classificados em:
- Restritivos: diminuem a quantidade de alimentos que o estômago é capaz de receber e induzem a sensação de saciedade precoce.
- Disabsortivas: alteram pouco o tamanho e a capacidade do estômago em receber alimentos, porém alteram drasticamente a absorção dos alimentos pelo intestino delgado, produzindo emagrecimento. São conhecidas como cirurgias de by-pass intestinal ou cirurgias de desvio intestinal. Esse tipo de cirurgia também pode ser puramente intestinal, sem alterar o tamanho do estômago. Às vezes, o cirurgião acrescenta uma parte gástrica ao procedimento intestinal, fazendo com que a cirurgia deixe de ser puramente disabsortiva. São cirurgias em que o paciente deve estar ciente da necessidade e da importância do controle dos micronutrientes (vitaminas).
- Técnicas mistas: são cirurgias com elevados índices de satisfação, excelente controle das doenças associadas e da manutenção do peso perdido em longo prazo. São as cirurgias mais realizadas no Brasil e no mundo. Essa técnica restringe a capacidade de receber o alimento pelo estômago e possui um desvio curto do intestino com discreta má absorção de alimentos. É conhecida como cirurgia de by-pass gástrico ou cirurgia de fobi-capella.
- Outras técnicas disponíveis para redução de estômago são:
- Banda gástrica ajustável: é colocada uma cinta que aperta o estômago, levando-o a diminuir de tamanho, contribuindo para que a pessoa coma menos e perca até 40% do peso em excesso;
- Cirurgia de Mason: também conhecida por gastroplastia vertical bandada. É a diminuição do estômago utilizando somente a secção do órgão ao nível de sua porção mais alta;
- Cirurgia de Sleeve: o cirurgião retira parte do corpo e o fundo gástrico, removendo a sua grande curvatura. Como resultado, o estômago se transforma em um tubo que comporta cerca de 80 a 100 ml de volume.
- Para uma pessoa ser encaminhada à cirurgia bariátrica, ela deve possuir um IMC (Índice de Massa Corporal) maior do que 30 em casos de diabetes não controlada ou IMC acima de 35 com comorbidades ou, ainda, IMC acima de 40.
Principais patologias para indicação de cirurgia bariátrica
Asma grave não controlada;
- Apneia do sono;
- Obesidade;
- Diabetes tipo I e II;
- Hipertensão;
- Colesterol alto;
- Artropatia (doença das articulações)
Fatores de risco
- Dieta alimentar inadequada;
- Sedentarismo;
- Fatores psicossociais;
- História familiar de obesidade;
Sintomas
- Compulsão alimentar;
- Aumento de peso;
- Acúmulo de gordura corporal;
- Apneia do sono;
- Cansaço frequente;
- Dores nas costas e articulações;
- Distúrbios no ciclo menstrual;
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico inicial da obesidade é feito por meio de anamnese, que é o levantamento do histórico de sintomas do paciente, realizado durante a consulta médica.
Nessa consulta, é realizado o cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), que avalia a relação entre o peso e a altura: quando o IMC é maior do que 30, a pessoa é considerada obesa. Cálculo da porcentagem de gordura e medição da circunferência abdominal também são exames realizados durante a anamnese. Para o diagnóstico definitivo são solicitados exames laboratoriais, de imagem e de função cardíaca para avaliação do estado geral de saúde do paciente.
Após a cirurgia, o tratamento consiste em mudanças no estilo de vida, com adoção de dieta alimentar equilibrada e a prática de atividade física frequente, psicoterapia, uso de medicamentos antidiabéticos e redutores de apetite, se necessário.
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