A definição por meio das cores vermelha, laranja, amarela, verde e azul estabelece a prioridade de atendimento médico para cada situação.
O Protocolo de Manchester é um protocolo para classificação de risco nos atendimentos dos serviços de saúde. Ele foi criado em 1994, pelo médico Kevin Mackway Jones e passou a ser recomendado em todos os serviços de saúde do Reino Unido, quatro anos depois. Atualmente é utilizado em mais de 25 países.
A importância de sua adoção está na possibilidade que ele representa de classificar os pacientes que chegam ao hospital, priorizando os casos urgentes.
Ao chegar no Pronto Atendimento ou no Hospital, o paciente é encaminhado para a triagem clínica. Esta é realizada por um enfermeiro, que está apto a classificar a urgência do atendimento médico, dependendo do grau de risco da situação.
Após a classificação, o paciente recebe uma pulseira colorida, que classifica a necessidade de atendimento: emergencial (vermelha), muito urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) ou não urgente (azul).
A partir daí toda a equipe assistencial já sabe o tempo máximo que aquele paciente deverá ser atendido:
- Emergencial – Necessário atendimento imediato (0 minutos)
- Muito urgente – Necessário atendimento quase imediato (10 minutos)
- Urgente – Necessário atendimento rápido, mas com espera (50 minutos)
- Pouco urgente – Espera pelo atendimento (120 minutos)
- Não urgente – Espera prolongada pelo atendimento (até 240 minutos)
Na triagem clínica, o profissional de enfermagem faz a medição dos sinais vitais e a coleta de informações sobre o estado geral de saúde do paciente. Dessa maneira, são necessários equipamentos e materiais médico-hospitalares como oxímetro (pequeno aparelho colocado na ponta do dedo do paciente, mede a saturação, isto é, a quantidade de oxigênio que circula no sangue), esfigmomanômetro (mede a pressão arterial), glicosímetro (mede a concentração de glicose no sangue), termômetro (mede a temperatura corporal). Todos os dados obtidos na triagem clínica são inseridos no sistema do Hospital para posterior acesso pela equipe médica, durante a anamnese (relato do paciente sobre a sua condição) realizada na consulta médica.
Quais são os casos mais frequentes em cada cor?
Embora para o paciente o seu caso é sempre o mais frequente, o Protocolo de Manchester classifica algumas situações mais comuns em cada classificação de risco. Veja:
Cor vermelha: emergencial – risco de morte, necessidade de atendimento imediato
- Crises de convulsão
- Paradas cardiorrespiratórias
- Hemorragias sem controle
- Dor no peito com falta de ar
- Queimadura em mais de 25% do corpo
- Tentativa de suicídio, entre outros semelhantes.
Cor laranja: muito urgente – risco urgente, mas em um nível menos elevado que a cor vermelha
- Dores muito severas
- Cefaleia de rápida progressão
- Arritmia sem sinais de instabilidade
- Entre outras situações de igual gravidade.
Cor amarela: urgente – existem riscos para o paciente, mas eles não são imediatos
- Vômitos intensos
- Desmaios
- Crises de pânico
- Dores ou hemorragias moderadas
- Irregularidades nos sinais vitais
- Casos de hipertensão, e assim por diante.
Cor verde: pouco urgente – casos menos graves, sem potencial risco de vida para o paciente
- Quadros gerais de febres
- Dores leves
- Viroses
- Tonturas
- Resfriados
- Náuseas
- Hemorragia sob controle, entre outros.
Capacitação do Protocolo de Manchester
No Brasil, o Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR) é o órgão responsável pela capacitação de médicos e profissionais de enfermagem como classificadores de risco pelo Protocolo de Manchester.
Para garantir a excelência na execução do Protocolo de Manchester nos serviços de saúde, o GBCR realiza auditorias periódicas, verificando se todas as normas e diretrizes estão sendo realizadas de maneira correta. Além disso, é exigido também uma auditoria interna, que é realizada por um médico e um enfermeiro do próprio serviço de saúde.
O Protocolo de Manchester é uma garantia de um processo reconhecido internacionalmente no atendimento do paciente, assegurando que os casos sejam direcionados e resolvidos de acordo com a sua gravidade.
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Referências
https://telemedicinamorsch.com.br/blog/protocolo-de-manchester